Antonio Leme, que teve larga descendencia de sua mulher Catherina de Barros filha de Pedro Gonçalves da Clara, e de sua mulher Izabel de Bairos; a qual instituhio hum morgado na villa da Ponta do Sol, que posuem os descendentes de sua filha D. Leonor Leme; e seu filho Pedro Leme, instituhio outro na freguezia de S. Antonio, junto a esta Cidade, com oubrigação de se conservar esta appellido nos administradores delle.
http://www.interativa.org/annes/annes5.htmFilho de Martim Leme e de Leonor Rodrigues, nasceu em Fuentes de Maya na Galícia por voltas de 1440 ou 1450.
Morador de Bruges foi para Lisboa representando os interesses comerciais de seu pai. Comandou a urca, embarcação de guerra que seu pai preparara às próprias custas em Bruges para tomar parte na expedição real em 1471 empreendida por Afonso V contra o Marrocos. Esta expedição, comandada pessoalmente pelo rei e seu filho, o herdeiro da coroa, o futuro D.João II ocupou as fortalezas de Arzila e Tanger, bases da pirataria moura. Por este feito, Antônio foi armado cavaleiro da casa de D.João II, o que foi confirmado pelo pai, rei D.Afonso V (ver livro de Ilka Neves citado na bibliografia).
Pouco depois dessa aventura guerreira que deve ter tido relação com a concessão do monopólio do comércio da cortiça concedido pelo rei a seu pai Martim Leme, pelo periodo de dez anos, passa Antônio a residir na Ilha da Madeira onde com seu irmão Martim Leme, "O Moço" e mais tarde o outro irmão João Leme se dedicam ao comércio do açucar . Nesta época a Ilha da Madeira era grande produtora de cana de açucar. Antônio veio a se estabelecer em sua "Quinta dos Leme" próxima a Funchal na Freguezia de Santo Antônio do Campo. Em 1515, em Funchal, Antônio se casou com Catarina de Barros (neta) filha de Pedro Gonçalves da Clara e de Isabel de Barros. Foram pais de seis filhos: Antão Leme, Pedro Leme, Aleixo Leme, Ruy Leme, D.Antônia Leme, D.Leonor Leme.
Antonio Leme, viveu na Ilha da Madeira muito abastado na sua quinta, que depois se chamou dos Lemes, na freguesia de Santo Antonio do Campo junto à cidade do Funchal. Casou com Catharina de Barros, (fiha de Pedro Gonçalves da Clara e de sua mulher Izabel de Barros), a qual instituiu o morgado na vila da Ponta do Sol na dita ilha da Madeira.
Antonio Leme e seu irmão Martim Leme, filhos de Martim Lem, o moço, seguiram para a África a mandado de seu pai, e muito se distinguiram na tomada de Arzilla e Tanger em 1471 e por estes serviços el-Rei Dom Affonso legitimou a Antonio Leme e o fez fidalgo de sua casa, conferindo-lhe o foro de cavalheiro, e mais fez-lhe a mercê de poder usar das armas dos Lem, por timbre um dos melros do escudo em uma aspa de ouro.
Depois de armado cavalheiro a 12 de Novembro de 1471, passou para a ilha da Madeira, onde aparece em diversos documentos entre 1480 e 1485, inclusive, citado por Cristovão Colombo, que viveu em Porto Santo entre 1480 e 1483.